sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Cachaça e suas origens


Pode se dizer que é a típica bebida brasileira, sua matéria prima é a cana-de-açúcar. No entanto sua origem é muito mais antiga. Há registros de parentes da cachaça no antigo Egito e na Grécia antiga onde passou a ser chamada de aqua ardens (água ardente), com o domino do império romano chega ao oriente médio a “água ardente” e lá são desenvolvidos os métodos e equipamentos de destilação, parecidos com o que conhecemos hoje.
Existem várias teorias para a origem do nome cachaça uma delas é a de que o nome cachaça evoluiu do verbete cachanza proveniente do castelhano, nome dado séculos atrás a um vinho inferior feito da borra da uva, já outra, mais aceita historicamente, afirma que num engenho da capitania de São Vicente, entre 1532 e 1548, descobrem o vinho de cana-de-açúcar ou garapa azeda, que fica ao relento em cochos de madeiras para os animais, vinda dos tachos de
rapadura. É uma bebida limpa, em comparação com o cauim - vinho produzido pelos índios, no qual todos cospem num enorme caldeirão de barro para ajudar na fermentação do milho. Os senhores de engenho passam a servir o tal caldo, denominado cagaça, para os escravos. Daí é um pulo para destilar a cagaça, nascendo assim a cachaça.
Entre os séculos XV e XVI a produção dessa nova bebida populariza-se na colônia chegando a ganhar status de moeda corrente no comércio de escravos e começa prejudicar o mercado da bagaceira (aguardente feita de vinho) e dos vinhos portugueses, principalmente o vinho do porto, provocando uma reação da corte que chega a proibir a proibir a produção, comercialização e até o consumo da cachaça.
Não obtendo o resultado esperado a metrópole resolve taxar a bebida, tornando-a uma das mais rentáveis fontes de impostos do império sendo que no ano de 1756 este produto foi uma das principais fontes de recurso para a reconstrução de Lisboa assolada por um terrível terremoto no ano anterior.
Por ser uma bebida de produção e origem extremamente brasileira a cachaça é adotada pelos inconfidentes mineiros como símbolo da resistência à colonização portuguesa e torna-se a principal bebida da identidade nacional.
Por ser uma bebida de produção e comercialização relativamente baratas durante séculos esta bebida foi focada para o publico de baixa renda sendo assim considerada uma bebida de segunda classe, e vista com certo preconceito pela alta sociedade brasileira. No entanto nossa branquinha deu volta por cima deu a volta por cima sendo figurinha indispensável em bares de todo o mundo.

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